O autoconhecimento é um processo lento que pede, antes de tudo, confiança.
A espera necessária para alcançar aquilo que buscamos - uma profunda consciência acerca de quem, de fato, somos - só será suportada se existir dentro de nós a confiança de que a semente inevitavelmente germinará.
Se não estivermos preenchidos por essa certeza, nenhum resultado poderá ser obtido e desistiremos diante do primeiro obstáculo que surgir.
E eles serão muitos, pois a mente nos coloca inúmeras armadilhas para nos convencer de que viver sob seu domínio é a única forma de existência possível.
A confiança, porém, não pode vir acompanhada de ansiedade ou expectativa, porque estas constituem os principais entraves para um estado de relaxamento e paz.
Aqueles que já se encontram nesse caminho, sabem que ao invés de ansiar pelo resultado final, devemos usufruir de cada instante que vivermos durante essa jornada, pois ela em si já se constitui numa grande bênção.
Se focarmos nossa energia na ânsia por obter algum resultado, certamente deixaremos de enxergar os momentos preciosos que a vida vai colocando em nosso caminho.
A serenidade e a alegria são os principais critérios para sabermos se estamos de fato no caminho de volta para nosso verdadeiro ser. Quanto mais preenchidos por estes sentimentos nos mantivermos, mais perto estaremos da fonte original de onde eles emanam: o divino, a dimensão onde o ego e a mente perderam todo o poder e somente a consciência de uma profunda união com tudo o que existe permanece.